segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Que venha 2015!

Estamos em férias!

Encerramos hoje as atividades deste ano e retornaremos no dia 12 de janeiro - com abertura de vagas em horários diversos, novidades em técnicas e cursos e nossa 6a mostra anual, programada para abril. 

Agradecemos a todas as alunas que ajudaram a tornar o Baú da Cotinha um sucesso nos últimos 7 anos, e especialmente em 2014. 

Desejamos a todos um Natal e um ano de novo cheios de paz e singelas alegrias.

Até breve!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Patchwork + bichinhos - quem não ama?

Aqui no ateliê eu procuro sempre ter uma boa variedade de peças expostas, utilizando ténicas diversas; essas peças encantam os visitantes e encorajam as alunas a experimentar. Mesmo fazendo um rodízio dessas peças, é importante renovar tudo de vez em quando; e aí acabamos com muitas peças acumuladas, e pouco espaço para guardá-las ou aproveitá-las. Desapegar é preciso, e acabamos de doar várias peças para o bazar do Voluntários da Pata
Algumas das peças que estarão à venda.

O bazar acontece no próximo fim de semana no Clube Literário de Pouso Alegre:


Visitem a página do projeto e conheçam o trabalho super bacana que essa turma faz pelos bichinhos de nossa cidade. 
Feirinha de adoção promovida todos os sábados pelo Voluntários da Pata

As peças em patchwork doadas e vendidas no bazar estarão com ótimo preço e a renda será 100% destinada ao projeto: uma ótima oportunidade de adquirir uma peça única e apoiar numa tarefa tão nobre. Visite o bazar, e ajude-nos a divulgar compartilhando esta postagem. Os bichinhos agradecem!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Mini exposição de Natal

A convite do Bazar de Natal das Arteiras - versão 2014 - o Ateliê Baú da Cotinha está expondo lindas peças de Natal no Clube Literário de Pouso Alegre. A mostra acontece nos dias 4,5 e 6 de dezembro das 13:30 às 21:30h. O bazar das arteiras está lindo como sempre, e de quebra os visitantes poderão apreciar os trabalhos de nossas alunas:









terça-feira, 25 de novembro de 2014

Balanço de Fim de Ano

Olá!

30 dias para o Natal!!!

Este ano passou voando, mas foi muito, muito produtivo. Foi o sétimo ano do Baú da Cotinha e nunca estivemos tão ocupados, com horários tão lotados e recebendo tantos serviços. Com isso, acabei negligenciando o blog um pouquinho. Vamos então fazer uma reptrospectiva?

Veja um pouco do que nossas alunas produziram este ano - apenas uma pequena amostra:



E tem ainda... as colchas! Este ano parece que um insetinho misterioso infestou o ateliê, picou as alunas e as fez desejar produzir colchas compulsivamente! Estas são apenas algumas das maravilhas que elas confeccionaram:


Para conhecer nosso trabalho de perto você pode agender uma visita sem compromisso. E já estamos planejando nossa 6ª mostra anual, que deve acontecer em março de 2015. Veja um pouco de nossas exposições anteriores aqui, aqui e aqui.

E ainda este ano montaremos uma pequena exposição de projetos natalinos. O evento acontecerá no Clube Literário de Pouso Alegre a convite do Bazar de Natal das Arteiras:


Em 2015, além dos planos para a exposição anual em março o ateliê oferecerá muitas novidades: Uma delas é a formação de um grupo especial de alunas avançadas, dedicado à pesquisa e confecção de painéis artísticos multimídia. Para que isso se tornasse possível, este ano eu dediquei parte de meu tempo ao aprendizado de desenho e fotografia, além da pesquisa de técnicas inovadoras. O ano novo que nos aguarde!

Mais informações em breve. Até a próxima!

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Autonomia é tudo II

A Autonomia é uma das bandeiras que o ateliê carrega - para que se possa produzir artesanato de verdade, original, criativo. Pensando nisso, estamos oferecendo um novo serviço: elaboração de projetos customizados. De quebra, o cliente pode participar do processo e, assim, aprender design digital. Ótima oportunidade!


domingo, 10 de agosto de 2014

O que é ser Criativo?

"Uma pessoa criativa é a que consegue processar de novas maneiras a informação disponível - a informação sensorial corriqueira a que todos temos acesso. Um escritor precisa de palavras, um músico precisa de notas musicais, um artista precisa de percepções visuais, e todos precisam de algum conhecimento técnico dentro de sua área de criação. Mas um indivíduo criativo enxerga intuitivamente possibilidades de transformar informações banais em uma nova criação, que transcende além do mero material cru."

O parágrafo acima abre o terceiro capítulo do livro Drawing on the Right Side of the Brain - "Desenhendo com o Lado Direito do Cérebro" - de Betty Edwards. Por "informação sensorial" podemos entender tudo aquilo que nossos sentidos absorvem. Em nosso caso, como artesãos, o quanto absorvemos? De onde vem o material que nossos sentidos absorvem? E o quanto estamos dispostos a correr o risco de não usar as informações do jeitinho que recebemos, e sim processá-las e criar algo inteiramente novo?

Esses dias uma aluna minha estava aborrecida - e com razão: encontrou no facebook de uma pessoa estranha a foto de um trabalho seu. Uma peça exclusiva, idealizada por ela, e confeccionada aqui no ateliê entre boas risadas e muita criatividade que envolveu técnicas diversas como a feltragem com lã de ovelha, fuxicos, apliques de crochê, trabalho com contas e pedaços de uma antiga camisola de rendinhas!


Este trabalho foi planejado e confeccionado pela Consuelo Gonçalves para a 4ª Mostra de Patchwork de Pouso Alegre, cujo tema foi a música brasileira, e é uma homenagem à canção "Esperando na Janela", sucesso na voz de Gilberto Gil. A idéia de usar como modelo as tradicionais bonecas namoradeiras de Minas Gerais é original - não copiamos de lugar algum. O projeto não tem receita: fomos inventando à medida que o trabalho ganhava vida. 

Depois que a peça foi apresentada, outras alunas quiseram fazer igual, mas eu as desencorajei: o bacana é se inspirar na idéia boa de alguém - nunca copiar. Mas, nesse mundão que é a internet, a foto da peça acabou na página de uma artesã desconhecida, sem o crédito, e aceitando encomendas! Como a pessoa vai conseguir imitar esta peça tão única eu ignoro. 

Respondendo às questões que fiz acima: 

1) O quanto absorvemos vai depender de nossa observação. Uma das lições que a autora ensina no livro que citei é enxergar.Ver com olhos diferentes. Treinar os olhos para ver além do corriqueiro. Para reparar em detalhes.

2) O material que nossos sentidos absorvem está em toda parte: na internet, em livros e revistas, no facebook alheio rsrsrs... e na vida a nossa volta. Uma pessoa criativa consegue juntar uma idéia que viu ali, com outra que tirou daqui, mais uma cena que viu no parquinho esta manhã... e criar algo totalmente original. 

3) É claro, copiar o que alguém já fez antes é bem mais seguro, pois você já conhece o resultado. Mas não tem graça nenhuma. Precisamos correr o risco de criar realmente.

Infelizmente, esse raciocínio não é muito seguido nos dias de hoje - em que tanta gente faz artesanato. Não creio que a pessoa que postou a foto do trabalho acima e aceitou encomendas esteja agindo por má fé: apesar de errado, isso é natural - e até cultural: trabalhos originais nem sempre têm o respeito merecido; não se pára para pensar e diferenciar um trabalho banal e repetitivo daquele que é exclusivo. Acredito que a maioria das artesãs olhe para uma peça e diga: "Posso ganhar dinheiro se fizer peças iguais a essa", quando na verdade deveria pensar: "Vou pesquisar mais possibilidades e aprender novas técnicas para que eu também possa criar peças assim". Eu acrescentaria que toda artesã deve também se conhecer, e conhecer o mundo a sua volta, de modo que possa sempre buscar temas novos dentro de si e ao seu redor.

Vamos, então, refletir e mudar essa cultura de apenas copiar, e nunca criar? Não dói nada, eu garanto!

Até a próxima!

terça-feira, 20 de maio de 2014

Autonomia é Tudo!

Eu já escrevi sobre a importância da autonomia para nós, artesãs. Como assim?

Vivemos em uma era de produtos industrializados, pasteurizados, produzidos em série. Trabalhar com as mãos nos permite produzir aquilo que ninguém tem ou ninguém viu: uma colcha exclusiva, que será passada de geração para geração, impossível de reproduzir; uma bolsa única que vai atrair olhares curiosos quando você usar; um painel que deixe sua sala diferente de qualquer outra; e por aí vai.

Mas, para isso, é preciso que a gente se liberte das receitas e projetinhos prontos; no caso do patchwork, é preciso que a gente saiba calcular os próprios projetos. Acima de tudo, é preciso não ter medo.

Esses dias tive mais uma evidência inquestionável da importância dessa autonomia: uma aluna desejava confeccionar uma cobertura para a cabeceira da cama de uma menininha; deveria ser feita em patchwork (appliqué não é desafiador, e a aluna em questão adora desafios!); e... deveria ilustrar um castelinho de princesa! Onde encontrar um projeto pronto desse tipo? Supondo que a gente achasse um bloco castelinho, seria um pouco de sorte demais que ele fosse do tamanho necessário.

A solução foi adaptar a partir de... um gráfico de ponto cruz! Procuramos na internet e achamos que este serviria:


Depois atribuímos 1 polegadinha para cada quadradinho do gráfico; e diminuímos a altura do castelo, pois o painel da cabeceira precisa medir 17 polegadas. As janelinhas serão aplicadas no final (elas poderiam ter sido incluídas no patchwork, mas aí achei que já era judiar demais da boa disposiçao de minha aluna); também incluímos torres triangulares aplicadas para dar um ar mais "princesinha" e menos "idade média". Esta é a ilustração das peças que serão cortadas:


E, depois de costurado, o castelinho vai ficar com este visual:


Impossível uma menininha não se encantar! Eu já estou encantada, e aguardando ansiosamente a próxima aula: minha corajosa aluna já cortou todos os muitos pedacinhos, e aí vai ser hora de juntar tudo e ver o resultado. Prometo que volto para mostrar.

Enquanto aguarda, que tal se inspirar nesta postagem e criar algo seu a partir de um gráfico de ponto cruz, também? É um ótimo exercício, eu garanto!

Falando em exercício, já faz um tempinho que não posto uma lição com cálculo de blocos. Então será uma das próximas postagens, ainda esta semana. Até lá!

terça-feira, 13 de maio de 2014

Produção do Período

Olá! Estou meio sumida, né? Só posso me justificar dizendo que o ateliê anda a todo vapor - estou trabalhando demais e minhas meninas andam produzindo mais do que nunca. Quer apostar? Confira abaixo apenas algumas fotos das peças confeccionadas por elas nos últimos dois meses:

Cláudia Dametto confeccionou estes blocos log cabin e coração, que formarão uma toalha de pique-nique.


Log cabin com estrelas da Eulália Machado.


 
Geane Cássia e seus maravilhosos centros-de-mesa.


Colcha da corajosa Vera Rezende. Os blocos são todos iguais, mas a escolha cuidadosa das cores faz com que pareçam diferentes e formem uma espécie de mosaico.

Caminho de mesa da Kumiko Amagai - sua primeira peça!

Log cabin floral da Sônia Nascimento.

Log Cabin + corações em uma linda toalha da Maria Martins.

Topo de almofada com um belo bloco catavento floral da Ana Cristina Minussi - sua primeira peça!


Painel com tulipas - primeira peça da Beatriz Pereira Barbosa.

Bolsa maravilhosa da Kumiko Amagai.

Toalha da Érida Martins Fernandes. Reconhecem o design? Postei aula sobre ele recentemente!

E, finalmente, um trabalho da Débora Moraes que me encantou muito pela originalidade: em 2008 fizemos experimentos e exibimos peças tipo mandala, confeccionadas na técnica foundation (veja aqui fotos de algumas peças); mas a Débora foi mais longe desta vez e teve a linda idéia de montar a mandala em um bambolê, criando esta peça que lembra um filtro dos sonhos. Sensacional!


Que tal fazer parte deste grupo? Venha conhecer o ateliê! E, se voce mora longe, acompanhe nossas aulas virtuais e nossa página no facebook. Caso confeccione alguma peça baseada em nossas aulas, mande a foto para a gente postar.

Até a próxima!

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Lição 8: Balé Geométrico

Esta breve lição nos mostra que não estamos no controle: sim, porque às vezes a gente planeja um projeto, calcula tudo, corta, costura... e na hora de unir as sub-unidades descobre que mudando a posição de tudo surge um design diferente, e muito melhor! Acompanhe o balé:


Sacaram? Todos os blocos acima foram montados a partir das mesmas 9 sub-unidades!

Mas bacana mesmo é o que acontece quando unimos vários deste bloco final:



Por isso é tão importante sermos flexíveis!

Em lições anteriores eu já ensinei como calcular o tripartido e o bipartido. E aí, quem aceita o desafio de confeccionar uma peça com estes blocos? Fotografe e mande para a gente postar aqui!

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Sua melhor amiga - a máquina de costura

Olá!

Há tempos venho planejando uma postagem como essa, mas esses dias um episódio trouxe a ideia à tona. O episódio foi um daqueles em que você está tentando costurar e as coisas não vão bem: estava quiltando uma colcha de casal e a linha partia a toda hora, o trabalho não ia pra frente. Aí eu lembrei que havia limpado a máquina no início do dezembro; como o ateliê entrou em férias, nem pensei mais nisso; só que em dezembro a "bichinha" havia trabalhado muito, e provavelmente já precisava de limpeza, sim. Abri a máquina e dito e feito - vejam só a situação:


E isso é um pouco do que saiu e dentro dela:


Então fica a dica: a máquina de costura precisa passar por limpezas e lubrificações regulares. A frequência e a maneira de limpar vão depender do quanto você usa sua máquina e qual é o modelo. Você vai precisar consultar o manual e conversar com o departamento de manutenção do fabricante. Mas o ideal é que você mesma aprenda a fazer a manutenção - assim não perde dias de trabalho enquanto sua máquina está na assistência autorizada.

Eu trabalho com uma marca de máquinas que nem tem assistência autorizada aqui na cidade; os serviços mais próximos são em Campinas ou SP. Felizmente, estou no sétimo ano de funcionamento e nunca foi preciso levar nenhuma das máquinas. Eu mesma faço a manutenção, e mantendo minhas máquinas limpas e lubrificados eu garanto anos de funcionamento sem problemas.

Além disso, há mais que podemos fazer para que nosso trabalho nunca seja interrompido por uma máquina com problemas. De acordo com minha experiência, e com as queixas que normalmente ouço das alunas, essa seria minha principal listinha de "problemas":

     - AGULHA VELHA: as agulhas ficam cegas rapidamente, principalmente se você costurar materiais sintéticos ou foudations (técnica em que se costura em cima de um papel). Quando a agulha está ruim, ela força a trama do tecido na hora de perfurá-lo e a máquina não consegue formar o ponto corretamente; isso resulta em pontos falhados ou problemas de tensão. Ou ambos. Na hora do quilt livre, então, sugiro sempre começar com uma agulha novinha.

     - AGULHA IMPRÓPRIA: existem fabricantes diferentes, e nem todo modelo aceita qualquer marca de agulha; da mesma forma, não é à toa que existem vários tamanhos diferentes de agulhas; leia o manual de máquina e aprenda qual tamanho é apropriado para qual serviço. E não obrigue sua máquina a trabalhar com agulhas de marca imprópria. Minhas máquinas Brother não aceitam agulhas Singer - não tem jeito.

     - BOBINA ERRADA: existem muitos tamanhos e formatos de bobina, e se não estiver usando a bonina correta com certeza haverá problemas de tensão; eu ouço falar muito em "minha máquina usa bobina baixa" ou "minha máquina usa bobina alta"; mas não é só isso: as bobinas altas que tenho até hoje de uma máquina Janome não servem nas minhas máquinas Brother, que também usam bobinas altas. Às vezes a máquina até costura, mas aí ficam acontecendo episódios de embolação de linha, linha que parte, etc., e isso acaba prejudicando sua máquina. Conheço gente que insistiu, disse que "funcionava direitinho", mas vivia reclamando que o quilt não ficou bom, e a máquina acabou na manutenção.

     - DESCONHECIMENTO DO FUNCIONAMENTO DA MÁQUINA: esse é o maior problema. É fundamental que você saiba TUDO sobre operar sua máquina de costura. Toda vez que uma aluna minha está reclamando que não consegue ajustar a tensão, que a máquina parou de funcionar, etc., eu digo para trazer a máquina aqui. E aí o "problema" normalmente é:
          - a bobina não foi enchida corretamente;
          - a bobina não foi colocada na máquina corretamente;
          - a linha de cima não foi passada corretamente;
          - a bobina foi enchida mas a pessoa esqueceu de voltar o pino de encaixe para a posição original;
          - os dentes de transporte foram abaixados para quiltar e depois não foram acionados novamente;
          Enfim... normalmente o problema é apenas "falha humana" rssss...

imagem da internet


É uma delícia quando podemos tirar algumas horas para costurar, ligamos um sonzinho no ateliê, estamos empolgadas com o projeto...e nada mais desanimador do que interrupções constantes por problemas técnicos. Então, conheça e cuide bem de sua máquina. Vocês serão grandes amigas.

Até a próxima!

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Lição 7: Triângulos e mais triângulos!

Na lição 6 eu falei um pouco sobre design e citei uma pecinha chamada "tripartido" - aqui está ele:
Na ocasião eu mostrei como essa sub-unidade é polivalente, e como se pode criar designs intereiramente novos com ela apenas trocando a posição das peças e das cores.

Agora vamos aprender como calculá-la?

Na lição 4 eu expliquei a importância do posicionamento do fio do tecido ao cortar triângulos; existem duas formas de cortar, e eu falei sobre o primeiro tipo - o triângulo que ocupa METADE de um quadrado.

O outro tipo de triângulo é o que ocupa UM QUARTO de um quadrado, e sobre esse eu não escrevi ainda. Então vamos ver agora essa diferença: a ilustração mostra que podemos cortar um quadrado na diagonal UMA VEZ, e obter dois triângulos; ou podemos cortar um quadrado na diagonal DUAS VEZES e obter quatro triângulos:


A diferença é que no primeiro caso eu vou obter triângulos CUJA EXTREMIDADE MAIS LONGA está no viés do tecido. No segundo caso, as duas EXTREMIDADES MAIS CURTAS é que estarão enviezadas (repare nas linhas tracejadas vermelhas na ilustração - elas marcam as extremidades enviezadas).

Já vimos na lição 4 que cada sub-unidade prontinha deve ter FIO em toda a sua volta, pois o viés deforma e põe a perder todo o nosso cuidado com o tamanho final das peças. Então é preciso planejamento na hora de cortar. Veja os tipos de triângulo que compõem um tripartido:
HS significa half-square, ou "meio quadrado"; e QS significa quarter-square, ou "um quarto de quadrado". Sacou?

Agora vem a parte do cálculo, mas felizmente alguém já fez isso para a gente e nos deu fórmulas prontas:

     - Ao cortar HSs, SEMPRE acrescente 7/8" ao tamanho final de triângulo que você precisa;
     - Ao cortar QSs, SEMPRE acrescente 1 1/4".

Por exemplo: 

Se eu quero construir um tripartido medindo quatro polegadas, eu vou cortar:

     - HS com 4 7/8"
     - QS com 5 1/4"

Essas valores, que nos parecem estranhos, não precisam ser convertidos para centímetros ou qualquer outra medida: a régua em polegadas já nos mostra todas as marcações necessárias. Só precisamos aprender a usá-la, e vou postar uma lição sobre isso em breve.

Agora vamos ver um bloco bacana?


Olha lá o nosso famoso tripartido de novo - a sub-unidade com o triângulo vermelho; o que tornou este bloco muito diferente com relação aos blocos mostrados na lição 6 é que aqui os tripartidos receberam cor em APENAS UM dos QSs. Esperto, né?

Essas são as "pecinhas de lego" que precisamos construir:


Você pode, por exemplo, confeccionar um bloco de 9 polegadas; nesse caso cada "pecinha", ou sub-unidade, medirá 3 polegadas.

Aí nossa lista de corte fica assim:

PEÇA A: 

- o triângulo azul mede 3; é um HS, então vamos cortar com 3 7/8";
- os triângulos brancos medem metade do azul, ou 1 1/2"; como também são HSs, vamos cortar com 2 3/8";
- o quadradinho também mede 1 1/2, e para essas forma SEMPRE acrescentamos 1/2 polegada; corte então com 2".

PEÇA B (tripartido):
- O triângulo branco maior é um HS; precisa medir 3", então corte com 3 7/8;
- Os triângulos menores, tanto o vermelho como o branco, são QSs e precisar medir 3" também; a fórmula do QS é + 1 1/4, então corte com 4 1/4.

PEÇA C: é apenas um quadradinho de 3" para o centro do bloco; corte com 3 1/2". Moleza.

MAS VEJA BEM...

... essas noções de cálculo não são absorvidas da noite para o dia; é preciso exercício constante para aprender a calcular com desenvoltura; o importante é começar! Pergunte a minhas alunas se não vale a pena: se a gente aprende a calcular, a gente pode tudo! Por exemplo, você pode ter visto um projeto pronto em uma revista com o bloco acima, mas em um tamanho que não é o que você precisa; se você sabe calcular, não vai ficar escrava da revista, certo?

Então, minha recomendação é: não se apavore, e experimente sempre; as informações acima parecem ser excessivas, mas foque em uma sub-unidade de cada vez, corte com atenção, costure, pratique, e aos poucos você vai aprender a desenvolver seus próprios projetos. De vez em quando postarei mais exercícios que ajudarão a fixar essa noção de HS/QS.

E em caso de erro...


Rssss..... "tabajara" é como chamamos aqui o desmanchador de costura: Tabajara Descostureitor!

Até a próxima aula!


quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

As Lições Virtuais estão de volta!

A partir da semana que vem vamos voltar a postar lições virtuais regularmente. Quem não aocmpanhou as do ano passado pode dar uma olhada no marcador "Lições de Patchwork" na coluna da direita; dentro desse marcador você vai encontrar três tipos de lições:

1) Lições numeradas - já são cinco até agora; essas lições vão desde o be-a-bá; ensinam noções de design do início, e mostram todo o raciocínio por trás dos cálculos. São apropriadas para iniciantes.

2) Aulas "relâmpago": essas aulas são postadas quando alguma aluna do ateliê descobre por aí um bloco ou design intrigante; eu treino minhas alunas para que sejam capazes de elaborar os cálculos de qualquer projeto a partir de uma simples foto apenas; mas quando elas aparecem com um desenho particularmente elaborado e original eu lanço o desafio em um grupo de discussão, e depois posto a solução aqui no blog, sob a forma de aula. Essas explicações são bem avançadas - para acompanhar você já precisa ter boas noções de cálculo e da terminologia utilizada nas aulas. Não são lições para iniciantes.

3) "Entendendo os Retalhos": série de lições orientando sobre a escolha de tecidos e estampas; ensinam também como aproveitar as sobras e evitar correr para a loja a cada projeto novo. Essas são para todas!

Abaixo, alguns blocos que servirão de base para as próximas lições:



Vamos analisar também o projeto inteiro de uma colcha:


Não perca - acompanhe conosco. Até a semana que vem!

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Recomeços

Olá!

Hoje me assustei quando fui ler a última postagem - "Estamos em Férias", datada de 24 de dezembro. Quase um mês! Eu sei, é o tempo normal de férias para muita gente, mas para mim nunca foi. Acabou sendo esse ano por conta de mudanças que andei fazendo aqui.

Estamos de ateliê novo. TUDO novo mesmo! Mudei para um outro espaço aqui de casa, abri uma entrada lateral independente, pintei, reformei, modifiquei... tudinho! Vejam só a situação aqui na primeira semana de janeiro:


Houve um certo momento em que questionei o que estava fazendo, aquela bagunça, todo o ateliê encaixotado...acho que só me convenci de que o novo espaço ia acontecer no dia em que desembalei a máquina da minha avó - a Cotinha! - e a pus em lugar de honra:


Mas hoje, passadas apenas três semanas, pude reabrir, e o visual já é outríssimo:

Área de espera (mas também serve para um intervalinho e uma xícara de chá).

O verdinho da parede é MUITO mais bonito pessoalmente (minhas fotos internas nunca saem boas).

Máquinas de verdade (na bancada) e de mentirinha (nas prateleiras). Carneirinhos também não podiam faltar (quem acompanha meu blog Falando de Fibras sabe o motivo).

Nossos grandes companheiros - os livros! - e mais máquinas. As 4 estrelas do ateliê ganharam capinhas novas.

O relógio sofreu uma transformação com a ajuda de botões; aqui estão também minha coleção de dedais, ziliões de estojos com miudezas (dentro do móvel) e até uma ilustração do Darth Vader costurando! Meu filho adorou.

E algo que não estava no plano original - descobri depois e fez grande diferença: um pegboard, ou sei lá como isso se chama em português - um mural com furinhos para ganchos diversos. Reparem quanta coisa deu para organizar aqui. Tudo a mão, e assim ganhei muito mais espaço nas bancadas.

Fiz este painel para a mostra do ano passado, mas já estava pensando no ateliê novo. Ele está aqui agora compondo a decoração.



Flores para dar as boas vindas...

... e um close de alguns detalhes:
1) ilustração do Taj Mahal em patchwork, da artista plástica Tula Moon, contribuição de uma aluna;
2) Olha ele aí, Anakin Skywalker, apanhando da máquina de costura!
3) "Keep Calm e Use o Tabajara": é como chamamos o desmanchador de costura - tabajara descosturator. Uma brincadeira minha com as alunas do ateliê, mas o negócio pegou! Ao lado, a mascote do ateliê, Brígida, que está conosco desde o início;
4) Maquininha porta carretéis, contribuição da minha mãe;
5) Novos alfineiteiros e uma sacada legal para organizar fitas: enroladas em palitos de picolé. Duas boas idéias que achei no pinterest;
6) Capa protetora para as máquinas. Bipartidos são sempre uma simples e boa opção - aqui eles aproveitam retalhos em preto, branco e cores vibrantes.


Bem, esta postagem está ficando enorme! Mas enfim, foi só para anunciar que estamos de volta... as demais novidades eu vou contando aos poucos. O ateliê tem muitos projetos interessantes para esse ano, e nossa missão principal, que é tornar o patchwork mais acessível, permanece em destaque: ainda essa semana vou escrever outra postagem apresentando lições virtuais que vêm por aí. Breve!

2014, aqui vamos nós!