segunda-feira, 29 de julho de 2019

Quilting Livre - Como se acolchoa uma peça? PARTE II

Bom dia!

Segunda-feira linda e fresquinha (ok, um pouco mais que "fresquinha") aqui no Sul de Minas e hoje eu pulei da cama ansiosa para começar a quiltar o projeto Gaia. Já comecei, e gostaria de mostrar um pouco disso em vídeo; mas estou sem "ajudante de câmera" no momento! Porém, falta bastante e logo mais eu ainda vou gravar um vídeo.

Mas gravei um live em nossa página no facebook agora há pouco mostrando como está ficando; e também falando da diferença entre quilting livre e quilting reto - e por que prefiro o livre. Aqui vai o link:

https://www.facebook.com/baudacotinha/videos/355153502064352/

Lá no vídeo eu também falo que a maioria tem pessoas tem medo da etapa do quilting, mas não é preciso ficar intimidada: quiltar é gostoso, fácil e rápido. É preciso apenas praticar. A primeira tentativa geralmente é um desastre – fica parecendo eletrocardiograma; mas com pouco treino qualquer pessoa pode aprender. Siga as dicas abaixo:

Como aprender a quiltar?


A forma mais rápida (e bonita!) de se quiltar uma peça é utilizando o pezinho de quilt livre; algumas outras vantagens dessa técnica:

- A peça fica livre para ser manipulada e girada em todas as direções (o que será maravilhoso quando você for quiltar sua primeira colcha de casal – ou quem sabe uma king size?);

- O pezinho não pressiona o sanduíche, o que evita pregas;

- Não é preciso fazer cálculos nem riscar desenhos para costurar, e não há preocupações com acurácia. Como diz o nome: é livre!



- A velocidade da máquina deve ser rápida, mas constante: o funcionamento do motor faz o calcador subir e descer rapidamente, e isso é o que deixa o trabalho solto para ser movimentado; se, por medo, você não deixar a máquina ganhar velocidade, será mais difícil movimentar a peça e os pontos ficarão irregulares e feios.

"Ah, mas eu ainda não aprendi - como vou quiltar rápido?!"

- A máquina precisa trabalhar rápido, mas você não precisa: A velocidade da mão deve ser mais lenta; faça os desenhos com tranqüilidade, sem correria, e pare sempre que necessário para ajustar a posição das mãos. Ao parar, faça-o com a agulha para baixo (gire o volante, se necessário, antes de levantar o calcador);

- Os movimentos de suas mãos devem ser suaves e circulares;

- As peças devem ser quiltadas no sentido do centro para as extremidades; peças muito grandes podem ser imaginariamente divididas em quartos; trabalhe em um deles de cada vez;

- O quilting livre é pura prática – uma simples questão de adquirir coordenação motora. Pratique primeiro em folhas de papel (reserve uma agulha para isso, pois ela ficará cega), sem linha na máquina; ao sentir que está ganhando habilidade, troque as folhas de papel por sanduíches do tamanho de jogos americanos, e coloque linha na máquina. Para não haver desperdícios, esses sanduíches podem ser reaproveitados: depois de completamente costurados, coloque outro tecido por cima e comece novamente.

"Ah, mas eu não tenho coordenação motora para isso..."

Coordenação motora não é algo que a gente tem ou não tem: é algo que se adquire. E que se refina de acordo com a tarefa. A gente já adquiriu coordenação motora para uma infinidade de tarefas complexas, que exigem muito de nossas mãos. Mas a gente não percebe. Então, se você já aprendeu a dirigir; colocar uma pitada de sal na comida; cortar cebola; aplicar um band-aid no dodói do filho; usar o mouse do computador ou o touch-screen do celular; escrever; ou aplicar maquiagem em si mesma, acredite: é claro que você tem coordenação motora. 

Aqui estão alguns exercício que ajudarão você a refinar a coordenação motora necessária:

Comece aprendendo a desenhar curvas suaves, bem redondinhas, sem preocupação com o tamanho. Aos poucos, vá diminuindo o tamanho dos "picos".

Em seguida, treine mudar a direção dos picos – provavelmente você perderá o controle do tamanho! Por fim, treine fazer os picos em várias direções, mas com o tamanho controlado; observe as setas: procure fazer com que a largura dos picos seja semelhante à profundidade.

(Estes exercícios foram propostos pela autora Dina Pappas em seu livro “Quick Watercolor Quilts”)

- O quilt tem função decorativa e utilitária – prender as camadas para que a manta acrílica não se desfaça com as lavagens da peça. O quilting também faz com que a peça fique mais compactada – o que pode ser desejável ou não. Quanto mais “espalhado” for o quilting, mais fofa ficará a peça; o quilting mais “fechado” deixa a peça mais estruturada – o que não é bom em mantas e colchas, mas é legal em bolsas. O tipo ideal vai depender da função da peça. Mas procure não misturar os dois tipos em uma peça só, para que a peça não fique irregular (mais compactada em algumas áreas e mais fofa em outras partes).

- Seja muito observadora: pesquise na internet, folheie revistas, vá a feiras; repare em como as peças foram quiltadas; isso vai te ajudar a decidir como quiltar seus primeiros projetos.

Os exercícios acima treinarão você para fazer o quilting conhecido como “labirinto”; após dominá-lo, será mais fácil, rápido e divertido treinar novos desenhos:


E é isso por enquanto! Espero que as dicas ajudem. Na primeira oportunidade eu vou gravar o vídeo mostrando tudo isso na prática. Enquanto isso, se você tem uma pergunta sobre quilting envie para a gente lá na página do facebook. Incluirei a resposta no vídeo.

Até lá!

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